"NINGUÉM OPTA PELA TRISTEZA OU PELA MISÉRIA, NINGUÉM É ANALFABETO POR OPÇÃO" PAULO FREIRE

O QUE NÃO DEVEMOS FAZER NAS SALAS DE EJA...

É EVIDENTE O DESCONTENTAMENTO DE ADULTOS QUANDO SE DEPARAM COM AULAS INFANTILIZADAS, MUITOS SE SENTEM MENORIZADOS EM FAZER ATIVIDADES VOLTADAS PARA AS CRIANÇAS, NÃO QUE AS AULAS PARA ADULTOS NÃO POSSAM TER VEZ OU OUTRA DESENHOS ENGRAÇADOS E ATÉ ANIMADOS, MAS OBRIGAR OS ADULTOS APRENDEREM DA MESMA FORMA QUE AS CRIANÇAS PASSA A SER PRECONCEITUOSO.
O ADULTO É ADULTO E PONTO FINAL, NADA IMPEDE DE APLICAR TEXTOS COMO A CASA , O NOME DE GENTE (PEDRO BANDEIRA), AOS ADULTOS, MAS AS ATIVIDADES PROPOSTAS DEVEM SER DE ACORDO COM A RELIDADE DELES.
UM EXEMPLO AO APLICAR O TEXTO A CASA, PODEMOS FAZER COM OS ADULTOS UMA LISTA DE MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL, FALAR SOBRE O PEDREIRO E SUA PROFISSÃO POUCO VALORIZADO, IR ALÉM QUEM SABE ESTUDAR A MÚSICA CIDADÃO (ZÉ RAMALHO), E ASSIM REALIZAR UMA AULA VOLTADA AO PÚBLICO ADULTO.
ABAIXO ENCONTRAMOS O TEXTO DA REVISTA NOVA ESCOLA QUE RELATA EXATAMENTE ESTE TEMA, O TEOR COMPLETO PODE SER VISTO ACESSANDO O LINK ABAIXO:
REVISTA NOVA ESCOLA EDIÇÃO 227 NOVEMBRO 2009


"Prática adequada aos adultos



Para que os estudantes de EJA aprendam a ler e a escrever, é preciso respeitar algumas especificidades e acionar quatro situações didáticas
 
O processo de alfabetização das turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) está ancorado em práticas indispensáveis de leitura e escrita que também são desenvolvidas com as crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental. Isso não quer dizer que o professor vá trabalhar lançando mão dos mesmos materiais e estratégias com públicos tão distintos. Não faz sentido. Esse é, inclusive, um dos motivos que levam os mais velhos a fracassar e abandonar a escola (leia abaixo os depoimentos de três alunos dessa modalidade).

Embora exista uma variedade considerável de bons materiais organizados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelas secretarias estaduais e municipais do país (disponíveis gratuitamente na internet), muitos educadores ainda recorrem aos livros usados pela criançada. Um dos motivos é a falta de formação específica. A maioria das faculdades de Pedagogia negligencia a EJA e não prepara os educadores para lidar com as especificidades da modalidade. Estudo encomendado por NOVA ESCOLA à Fundação Carlos Chagas no ano passado aponta que lecionar para jovens e adultos é um fato abordado somente em 1,5% das disciplinas do currículo de Pedagogia.
Mas é fato: os alunos da EJA não são crianças grandes e não podem ser tratados como tal em sala de aula. "São pessoas com experiências de vida, já bastante recheadas de saberes. E, ainda que não formais, eles precisam ser levados em conta", explica Vera Barreto, presidente do Vereda - Centro de Estudos em Educação. Além do mais, usar o material das crianças pode não despertar o interesse desses alunos. "Sabendo disso, é preciso escolher textos e músicas, por exemplo, que tenham a ver com o mundo desses estudantes e despertem a curiosidade deles, descartando o que é destinado aos pequenos", diz Francisco Mazzeu, pedagogo e professor do Departamento de Didática da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), campus de Araraquara. Atividades que envolvam poemas de Cora Coralina (1889-1985), contos de Luis Fernando Verissimo e crônicas de Walcyr Carrasco - entre outros gêneros e autores, reportagens de revistas e jornais sobre o aumento do salário mínimo ou canções de Erasmo Carlos, Neguinho da Beija Flor e Cauby Peixoto - são muito mais adequadas do que as propostas que usam parlendas e histórias em quadrinhos da Turma da Mônica e livros que reúnem contos como Chapeuzinho Vermelho. A seleção dos autores deve ser sempre feita de acordo com os temas que eles abordam - sempre precisam estar conectados diretamente com o mundo adulto - e, é claro, com a qualidade apresentada pelo material escolhido (conheça, na imagem abaixo, o exemplo de uma prática de leitura e na última imagem, uma atividade de escrita).

Outro fator decisivo para o sucesso do grupo está no discurso do educador. Ele deve conversar constantemente com os alunos sobre as estratégias que adota, expondo os motivos que o levam a organizar as atividades. "Muitos deles acham que ditar um texto para o professor não faz sentido e a leitura em voz alta feita por ele nada mais é que uma perda de tempo", diz Sandra Medrano, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo. O histórico de fracasso escolar também precisa ser levado em consideração - para alguns estudantes, a possibilidade de errar ao ler e escrever amedronta, quando deveria, na verdade, ser encarada como uma etapa natural da aprendizagem. "

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Histórias de um Brasil Alfabetizado

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NÃO PERCA!!!


JÁ FOI POSTADO O PROJETO HORTA COMUNITÁRIA, NÃO DEIXE DE DAR UMA OLHADINHA...

PROJETO HORTA COMUNITÁRIA

PROPOSTAS DE ATIVIDADES

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Paulo Freire e a importância da Educação de Adultos

"... eu percebia neles uma espécie de alívio centenário. É como se estivessem sacundido para fora uma pedra que repousava neles durante séculos." Paulo Freire


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Educação e Vida

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Verdades da Profissão de Professor


Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho. A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

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